segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Fragmentos de um diário



E no dia seguinte, às sete e trinte e oito, os olhos se abriram. Mas como no dia seguinte se já havia dormido com o dia em que certamente a dor de cabeça surgiria?
O rímel borrado, o cabelo com cheiro de álcool, a cara de arrependimento misturada com o sorriso e a certeza de que mesmo com aquele montão de ponto de interrogação em cima da cabeça, a diversão do momento vivido teria sido concreta-palpável. Tudo isso se revelava como marca da história escrita momentos atrás. Óbvio que alguns momentos haviam sido esquecidos, quase todos, outros tantos ignorados. E embora muitas vezes a intenção era esquecer, certas coisas não passam em branco. Não podem passar.
Vendo que o espelho não seria a melhor cia e muito menos o melhor conselheiro, correu pro chuveiro. Gostas se misturaram e escorrendo meio que pretas, turvas e transparentes deixaram-na ainda mais confusa na correria de seus pensamentos.
Um banho gelado para refrescar as ideias? Não era o suficiente.
Correu, abriu a bolsa e se deparou com a resposta que precisava, o cheiro das horas que mal recordava ... era bom. E isso bastava

( ... )

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